sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Mulher de Véu

A mulher se esconde no véu
Branco é o dia, mas ela
Não o nota e passa tão rápido.

Pela rua cantam pássaros
Alegres ventos que anunciam
Ao seu amado nada lhe resta
Senão, a amargura de ter-se perdido.

A mulher se esconde no véu
Não por medo ou vergonha
Apenas lhe é conveniente
Passa a rapidez do dia.

Ela anda devagar, o tempo pára
Seus cabelos acompanham seu rebolado
Indecente para a atualidade e para
Todos os dias que lhe restam.

Por baixo do véu, ela sorri
Com gracejos os jovens a observam
De costas ela parece a velha
Como a noite aos pedaços
E depois me levanto.

A observá-la noto seus braços
Punhos fechados e olhar acusador
A acompanham ao longe
Seu olhar jovial.

S. Blackmont

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