sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O mar

Somos por nossa natureza, sempre impelidos a buscar no desconhecido, na aventura, aquilo que não encontramos numa rotina. O mar, portando, foi apenas uma válvula bastante eficaz para saciar essa sede de aventuras: estava perto, ao alcance de um braço, e afinal, o que poderia haver de tão ruim naquele horizonte azulado, que os corajosos não pudessem enfrentar? Ah, havia lendas sobre criaturas mortais, mas elas, para o verdadeiro marinheiro, seriam mais como um incentivo à viagem do que uma centelha de medo, o que apavorava mães, irmãs, noivas, que em desespero choravam para que o aventureiro não partisse em busca de sua ambrosia.
Foi com homens assim que Portugal lançou-se ao mar sem demora. Conquistou a África, que lhe dava ouro e marfim, mas não o que Portugal queria. No caminho às Índias os portugueses esbarraram numa terra nova, que viria a se chamar Brasil; que daria muito lucro com suas matas verdejantes e suas terras intocadas, que daria também muita dor de cabeça com sua natureza indomável e rica.
Bem tentaram conquistar esse Novo Mundo, mas o mar pertencia a Portugal, e por extensão, tudo que nele houvesse. No fim, Portugal não queria as Índias, queria o Brasil. Dar a volta ao mundo foi só uma maneira de prolongar a aventura.

N/a: não contem para ninguém, mas essa foi minha melhor redação <3

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Críticas construtivas são sempre bem vindas, bem como sugestões e elogios.