quarta-feira, 18 de maio de 2011

Adeus

ão posso contigo compartilhar da minha tristeza. Não tenho o direito de sorriso teu ver apagado, mas não aguento! E quando vejo-o sorrindo, é como se dez mil anjos sorrissem também. É mágico. E mágico e me consola no vazio da minha silenciosa solidão. Passam as horas, passam os dias, passam as horas. Passa o meu momento, as minhas lembranças, até eu mesmo. Mas, não tu. És como o lembrete de tudo que passei e memória viva do que sobrevivi. Tu és também o vestígio do mal que caminha ao meu lado. Memória suja e divina. De medo e amor, tristeza e carinho. Ternura infindável.
Ao senti-lo ao meu lado, percebo nossa evidente diferença. Tu és puro, casto. Meu corpo é ferida profunda e amaldiçoada, pútrida. Fétida. Não sou digno da tua companhia, sequer da tua lembrança. Sou como as sombras às quais a luz vence facilmente, mas que nem por isso é de todo esquecida; tu me lembras. Adeus.

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